quarta-feira, março 29, 2006

Ba Cissoko


O guineense Ba Cissoko e o trio que o acompanha são os responsáveis pela criação do “kora-rock”. Ba na voz e no instrumento tradicional acústico, Sekou Kouyaté no kora amplificado e Kourou Kouyaté e Ibrahim Bah na secção rítmica, são um grupo de gritos do século XXI, aberto ao mundo e ritmicamente infernal. Se Jimmi Hendrix tivesse nascido na cultura mandinga teria tocado assim.

segunda-feira, março 27, 2006

Mulemba Xangola


fica aqui a homenagem ao grande Bonga que é muitas vezes esquecido mas que tantas vezes nos traz o ritmo e a alegria africanos

Obrigado

o baú do Raul


"Do materialismo ao espiritualismo é uma simples questão de esperar esgotarem-se os limites do primeiro."
Raul Seixas

quinta-feira, março 23, 2006

matisyahu


Se ainda não ouviram com atenção, pelo menos já devem ter reparado na Mtv, ou no "Saturday Night Live" neste homem que contrasta a formalidade da sua vestiota preta, chapéu, camisa branca e longa barba com a energia que traz para o palco... Mas a surpresa não passa de todo só por aí!
Este jovem americano, Mathew Miller, filho de pais judeus e praticantes do Judaísmo "Reconstrucionista" (definição mais recente do Judaísmo, conhecido nos Estados Unidos como sendo liberal), frequentou uma escola hebraica, apesar de receber ameaças de expulsão caso continuasse a interromper o curso normal das aulas.
Aos 14 anos identificou-se com o estilo de vida dos adolescentes hippie ...calçou umas chinelas Birckenstock e deixou crescer dreadlocks, dando um toque rastafariano ao seu look rabino!
Atrás da cantina aprendeu a tocar bongos e aprendeu o Beat Box (estilo de música criado a partir de sons feitos com a boca).
Depois de ter praticamente incendiado a sala de aula de Química, decidiu, com algum peso na consciência, acampar numas montanhas do Colorado. E dentro dessa vida suburbana que levou, Mathew teve a oportunidade de dar uma olhada introspectiva, e aí tomou consciência da existência de algo espiritual que não entendia bem. Então decidiu fazer uma viagem a Israel, e aí estabeleceu pela primeira vez contacto com o seu Deus, o que foi para ele um ponto de viragem na sua vida. Passou a maior parte do tempo em Jerusalém a rezar, explorar e dançar, reencontrando aos poucos a sua identidade juadica adormecida que se ia revelando. Deixar Israel foi difícil, mas voltou a White Plains, onde vivia com os seus pais, não sabendo como conservar a sua relação com o Judaísmo.
"Quando voltei de Israel, não tinha qualquer meio para criar um laço espiritual. Pensava que a religião era como uma construção de blocos, mas não tinha uma base para construir."
Deprimido, trocou os estudos para seguir um célebre grupo de rock da época "Phish" pela tournée nacional. Aí pensou seriamente na sua vida, na sua música e na sua sede pelo Judaísmo.
Depois de alguns meses errantes, regressou a casa e aí os pais insistiram que ele entrasse na Escola de Arte de Bend , em Oregon. Aí Mathew tirou proveito dos seus estudos e aprofundou o seu conhecimento pela música. Este fã de Bob Marley estudou o Reggae e o Hip-Hop e participou nas noites "d'Open-Mic" onde ele rappava, cantava e praticava o beat box, começando a desenvolver o seu próprio reggae-hip-hop que se viria a tornar célebre mais tarde.
Depois de dois anos em Oregon, Mathew, com 19 anos, voltou a White Plains completamente mudado. Instalou-se na vila para tentar seguir os seus estudos musicais na grande escola de arte "New School" em Manhattan, onde também estudou Teatro. Os seus tempos livres passava-os na "Carlebach Shoule", uma célebre sinagoga de Nova Iorque, conhecida pelos seus cantos religiosos "Hassid".

Na "New School" ele escreveu uma peça de teatro intitulada "Ehad" (Um). É a história dum míudo que encontra um rabino hassid na Washington Square Park e que, graças a esse reencontro, se torna religioso.
Depois dessa peça, a vida de Mathew mudou subitamente, como a história do personagem da sua peça.
Com efeito, alguns anos mais tarde, em 2003, ele reencontrou um rabino "Loubavitch" num parque que lhe deu um click na sua vida e fê-lo mudar o seu nome Mathew para Matisyahu.
Este homem, até então céptico preocupado com as regras da Torah, começa a explorar e adoptar inteiramente o estilo de vida dos Hassidim Loubavitch. A sua filosofia veio a ser um guia para Matisyahu.
Mudou-se para Brooklyn, casou-se e teve o seu primeiro filho, e criou uma banda que começou a atrair multidões em Nova Iorque.
A ligação entre a música judaica e afro-americana está sempre presente e remontam ao nascimento da cultura pop bem como as suas influências no canto espiritual negro de George Gershwin e Irving Berlin sendo assim um dos únicos que mistura a música judaica ao rastafarianismo. "Os numerosos religiosos rastas baseiam-se nas leis do velho testamento. Os dois grupos nadam contra a corrente à sua maneira"
Ouvir Matisyahu é entrar no mundo reggae e hip-hop mas também no mundo do Judaísmo, da Torah, da espiritualidade e de Deus. As suas canções são cantadas em inglês, intercaladas e intituladas às vezes por palavras em hebraico. Assim podemos entender "Hashem" (Deus), Yetser Hara (o declínio para a maldade), Aish Tamid (o fogo eterno...) .
O amor a Deus faz-se ressentir em todas as suas canções, "Eu acredito verdadeiramente que estou em missão para expor o divino e o sagrado nas nossas vidas. A minha música é baseada nas minhas experiências pessoais, e nela existe uma mensagem espiritual que eu compus."
O seu primeiro álbum "Shake Off The Dust... Arise" saiu em 2004, onde ele foi autor de todas as canções.
O segundo álbum saiu agora, chamado "Matisyahu YOUTH" e tem feito muito sucesso.
Agora tem dado concertos pelas américas, e está on tour com o grupo israelita Balkan Beat Box, que também tem dado que falar pela criativa junção que faz da música electrónica com world music.
De olhos fechados, com o seu traje de Hassid, começa lentamente o seu espectáculo e subitamente tranforma-se num Bob Marley, assim que a música começa a dançar-se ao som do reggae. O público de Matisyahu é variado e não é composto por Judeus. Os seus fãs são adolescentes, crianças até, que ficam até mais tarde para ouvir a sua voz e mensagem. Os mais cépticos são inspirados pela honestidade da mistura que ele faz com a música eclética e espiritual... Aqui fica uma amostra!


quarta-feira, março 22, 2006

Out-of-body experience


Alô musiqueiros, tudo nos tons?
Já devem ter ouvido falar na expressão out-of-body experience penso eu, mesmo que não, entende-se logo que é essencialmente um estado de espírito muito relacionado com a música ou um estado gerado pela música e talvez alguns "acompanhamentos"........Não se pense num fenómeno de transcendência extra corporal como o nome sugere mas sim como um sintoma de gente que não conseque viver sem a música... tenho a certeza que, no que diz respeiro à música, é bom ser "siderado", não acham ?

terça-feira, março 21, 2006

filho de peixe...


E aí esta ele, ao vivo e a cores.
Uma das "novas" vozes Reggae que mais tem dado nas vistas, estará em Portugal para 2 concertos nos dias 27 (coliseu do Porto) e 28 (coliseu de Lisboa).
Numa altura em que este estilo tem dado muito que falar, tanto por boas como por más razões, este concerto vem em "bom tempo" e como prova de que nem toda a música que chega aos tops é má.
No seu álbum Welcome to Jamrock, Damian JrGong Marley mistura o reggae, o dancehall, o r&b e o hip hop numa mistura explosiva e fala da realidade crua das ruas da Jamaica.

"...This is street music, and the streets have to feel it... Welcome To Jamrock is about hope, and there’s still more to share”
Podemos portanto esperar um concerto em festa, onde, esperemos, não faltem alguns clássicos do pai, e sempre com um pouco de consciência social.

Lá Estaremos

sábado, março 18, 2006

keep on smilin´

sexta-feira, março 17, 2006

you got me floatin'

Don't Worry Be Happy



Here's a little song I wrote
You might want to sing it note for note
Don't worry, be happy.
In every life we have some trouble
But when you worry you make it double
Don't worry, be happy.
Don't worry, be happy now.

Don't worry, be happy.
Don't worry, be happy.
Don't worry, be happy.
Don't worry, be happy.

Ain't got no place to lay your head
Somebody came and took your bed
Don't worry, be happy.
The landlord say your rent is late
He may have to litigate
Don't worry, be happy.

*(Look at me -- I'm happy.
Don't worry, be happy.
Here I give you my phone number.
When you worry, call me, I make you happy.
Don't worry, be happy.)

Ain't got no cash, ain't got no style
Ain't got no gal to make you smile
Don't worry, be happy.
'Cause when you worry your face will frown
And that will bring everybody down
Don't worry, be happy.

(Don't worry, don't worry, don't do it. Be happy.
Put a smile on your face.
Don't bring everybody down.
Don't worry. It will soon pass, whatever it is.
Don't worry, be happy. I'm not worried, I'm happy... )

Bobby McFerrin

Aqui vai! Esta é uma das músicas que sempre me alegrou e ainda me alegra, por isso achei apropriado para 1º post!